domingo, 9 de dezembro de 2012

Ser ou não ser?

Tenho esse grande defeito, se é que posso chamar assim, de ser pisciana.
Seja você da crença que for, duvido que nunca tenha lido seu horóscopo do dia.
E acreditando nisso ou não, eu me enquadro muito bem dentro das descrições sobre a minha personalidade.
Chamo isso de defeito as vezes por não conseguir conciliar o que é real e o que é irreal.
Me pego sempre suspirando por aquela cena de filme que não tem a menor chance de acontecer no mundo real.
Ou me pego extremamente estressada e indiferente com com os sentimentos alheios.
Maldita bipolaridade.

Tenho um desejo enorme por um mundo em que as pessoas sejam aceitas independentemente da sua roupa, cabelo, estilo entre outros.
O que deveria importar era o que tem por dentro. O que cada um de nós podemos oferecer de melhor naquilo que nos propusermos fazer.
O caráter, os valores, aquela coisa que vem de berço sabe?
Quanta gente por aí que eu conheço cheia de tatuagem e com o cabelo colorido que é mais inteligente do que muito neguinho engravatado...
Se eu tivesse postado isso no face eu teria dezenas de "curtir", mas pergunte pra essas pessoas se elas contratariam alguém assim, metade iria recuar dizendo "aah.. é.. bom, é que é diferente né".

DIFERENTE PORQUE? 

Ah é.. preconceito. Preconceito sim.
No fundo tudo aquilo que for diferente incomoda e não é aceito.
Nós deveríamos ter mais liberdade pra sermos como quisermos nesse sentido.
Por exemplo, preciso trocar meu piercing todo dia e não faço nem mais uma mechinha no meu cabelo para poder manter o emprego.
Já tenho que aguentar muita gente falando da minha tatuagem pelas costas. E sim, eu estou ouvindo quando vocês comentam, engraçado como vocês não conseguem manter a descrição (risos).
Sei lá, ter um piercing, uma tatuagem... não mudou minha capacidade de fazer as coisas.
Muito pelo contrário, motiva muito mais fazer as coisas quando estamos felizes com nós mesmo, seja de corpo ou de mente. Não é?

Bom, mas não era nesse ponto que eu queria chegar.
O que eu queria dizer é que não sei lidar com as emoções quando elas chegam (é aquele defeito de ser pisciana que eu comentei ali em cima).
Extravasar? Guardar? Moderar?
Somos muito pressionados a fazer tudo certo, do jeito certo, na hora certa e bem rápido!
Eternos escravos do relógio...

Tolerância é a palavra do dia.
Tenho "força" tatuada no braço, mas sinceramente eu deveria ter tatuado no cérebro.
Força pra enfrentar os problemas, pra superar as dores e os medos, força para buscar tolerância até no limite do limite.
Acho que um dia eu aprendo.
Aprendo e entendo.
Entendo que cada pessoa pensa diferente, recebeu uma educação diferente, sente as coisas que formas diferentes, tem opiniões diferentes... e que todos nós devemos ser respeitados na nossa individualidade.
Só não podemos cair naquela de síndrome de Gabriela "eu nasci assim, eu cresci assim..."
Todo pokemón precisa evoluir alguma hora né?

Mas enfim, preciso trabalhar minha tolerância para tolerar aqueles que não toleram o que deveria ser tolerado.
Em outras palavras, tolerância para aguentar a falta de respeito, a teimosia, o pensamento preconceituoso de muita gente por aí.

E assim a gente vai vivendo, caindo, levantando, ensinando, aprendendo... é assim mesmo que a roda gira né?
E eu, pelo jeito, continuarei a ser essa pisciana frustada e apaixonada para todo o sempre!

;)

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